Coloco abaixo o texto que escrevi como auto-avaliação para o módulo de "Didática do Ensino Superior", na pós-graduação em História Contemporânea que faço. Prestem atenção sobretudo na segunda parte.
Fazer uma auto-avaliação é sempre muito mais difícil do que avaliar o outro. Por vezes somos levados à arrogância, noutras à humildade leviana. Enfim, tenho minhas dúvidas se tal exercício realmente provoca algum resultado no autor da auto-avaliação.
Por outro lado, acho esta ferramenta importantíssima enquanto retorno de um trabalho. Para o professor que pede esta tarefa aos alunos, se feita com sinceridade pelos discentes, recebe um material muito rico para aprefeiçoar-se.
Tudo que eu faço na minha vida é com bastante intensidade. Não consigo fazer algo pela metade ou de qualquer jeito. Quando me proponho a abraçar um projeto faço um mergulho. É verdade que isto pode atrapalhar, dependendo se o local em que estiver mergulhando tem muita água ou não. Mas, em geral, vejo isto como uma característica boa.
A pós-graduação se insere nestes projetos em que me agarro. Não dispensaria um tempo precioso, como são os sábados, se estivesse interessado apenas no diploma. O mais importante aqui é o que eu posso enriquecer diante do conhecimento dos colegas e professores.
Sou apaixonado pelo que faço e por isso as discussões mexeram muito comigo, provocando sentimentos conflitantes, porém necessários para o debate que foi travado. Da minha parte, estou certo que não faltou empenho e participação nas aulas e na apresentação do trabalho final.
Em relação à turma, no pouco tempo que passamos, posso dizer que aprendi muito. A variedade de figuras, presente em qualquer classe, acrescenta muito à dinâmica das aulas. Está aí algo que o cursos à distância nunca irão conseguir: fóruns pela internet nunca serão comparáveis ao contato humano e à troca de idéias proporcionada pelo convívio com os colegas. Aprendemos com eles tanto quanto com os professores. Esta constatação é verdadeira quando falo desta turma.
Por outro lado, acho esta ferramenta importantíssima enquanto retorno de um trabalho. Para o professor que pede esta tarefa aos alunos, se feita com sinceridade pelos discentes, recebe um material muito rico para aprefeiçoar-se.
Tudo que eu faço na minha vida é com bastante intensidade. Não consigo fazer algo pela metade ou de qualquer jeito. Quando me proponho a abraçar um projeto faço um mergulho. É verdade que isto pode atrapalhar, dependendo se o local em que estiver mergulhando tem muita água ou não. Mas, em geral, vejo isto como uma característica boa.
A pós-graduação se insere nestes projetos em que me agarro. Não dispensaria um tempo precioso, como são os sábados, se estivesse interessado apenas no diploma. O mais importante aqui é o que eu posso enriquecer diante do conhecimento dos colegas e professores.
Sou apaixonado pelo que faço e por isso as discussões mexeram muito comigo, provocando sentimentos conflitantes, porém necessários para o debate que foi travado. Da minha parte, estou certo que não faltou empenho e participação nas aulas e na apresentação do trabalho final.
Em relação à turma, no pouco tempo que passamos, posso dizer que aprendi muito. A variedade de figuras, presente em qualquer classe, acrescenta muito à dinâmica das aulas. Está aí algo que o cursos à distância nunca irão conseguir: fóruns pela internet nunca serão comparáveis ao contato humano e à troca de idéias proporcionada pelo convívio com os colegas. Aprendemos com eles tanto quanto com os professores. Esta constatação é verdadeira quando falo desta turma.
Confesso que não tenho lá uma visão das melhores em relação à sua disciplina. Tive na minha vida profissional motivos suficientes para desmerecer os pedagogos (mesmo sabendo que estou generalizando).
Esta advertência se faz necessária para que você não pense que a crítica que irei fazer é algo pessoal.
Em primeiro lugar, não me sinto nem um pouco confortável em avaliar o Cléber enquanto professor, e me recuso em fazê-lo. Sou professor também, e acho que um dos grandes problemas da nossa classe é o fato de existir tantos profissionais sem a mínima ética para trabalhar na educação. Não me sinto com autoridade, nem acredito que ninguém a tenha, de dizer se o trabalho de um colega é bom, ruim ou mais ou menos. Defendo a liberdade irrestrita do professor ministrar a sua aula, do jeito que achar conveniente para atingir o resultado esperado. Qualquer camisa de força tentando robotizar os professores, fazendo-os pensarem que existe uma maneira correta de ministrar aulas é uma visão mesquinha da realidade. E a realidade é que professores são seres humanos, e como tal são diferentes, e como tal têm o direito de expressarem suas diferenças dando suas aulas de acordo com suas personalidades. Como esperar de um professor tímido que cante músicas para seu aluno?
Enfim, a única avaliação que posso fazer do seu trabalho é que você fez a sua parte – ministrou suas aulas. Ponto final.
Não obstante, posso e quero fazer um comentário à respeito das suas idéias (o que é muito diferente de criticar a sua maneira de dar aula). E vai ser bem curta: Enquanto colocarmos os problemas (no plural!) da educação na conta do professor (no singular!) não iremos chegar a lugar algum. Não se trata de apontar um culpado. TODOS NÓS SOMOS CULPADOS! Estado, família, professores, alunos, gestores, comunidades, sociedade como um todo. A História está repleta de exemplos do que acontece com o chamado “bode-expiatório”. O professor está cansado! Cansado de carregar nas costas o peso de ser um fracassado. Cansado de ter que viver com um salário de fome. Cansado de ser humilhado pela sociedade que não dá o devido valor à sua profissão. Cansado de pessoas que se sentem melhores do que ele e dizem o que ele deve fazer para ser melhor. O professor sabe o que tem que fazer... e faz! O problema é que ele está sozinho. A grande verdade que não é dita no Brasil é que o único, eu disse O ÚNICO, que realmente se importa com a educação no Brasil É O PROFESSOR. O resto... bom... o resto se elege, se vê livre do filho, ganha diploma, ganha emprego, ganha um discurso... além daqueles que vendem livros.
Esta advertência se faz necessária para que você não pense que a crítica que irei fazer é algo pessoal.
Em primeiro lugar, não me sinto nem um pouco confortável em avaliar o Cléber enquanto professor, e me recuso em fazê-lo. Sou professor também, e acho que um dos grandes problemas da nossa classe é o fato de existir tantos profissionais sem a mínima ética para trabalhar na educação. Não me sinto com autoridade, nem acredito que ninguém a tenha, de dizer se o trabalho de um colega é bom, ruim ou mais ou menos. Defendo a liberdade irrestrita do professor ministrar a sua aula, do jeito que achar conveniente para atingir o resultado esperado. Qualquer camisa de força tentando robotizar os professores, fazendo-os pensarem que existe uma maneira correta de ministrar aulas é uma visão mesquinha da realidade. E a realidade é que professores são seres humanos, e como tal são diferentes, e como tal têm o direito de expressarem suas diferenças dando suas aulas de acordo com suas personalidades. Como esperar de um professor tímido que cante músicas para seu aluno?
Enfim, a única avaliação que posso fazer do seu trabalho é que você fez a sua parte – ministrou suas aulas. Ponto final.
Não obstante, posso e quero fazer um comentário à respeito das suas idéias (o que é muito diferente de criticar a sua maneira de dar aula). E vai ser bem curta: Enquanto colocarmos os problemas (no plural!) da educação na conta do professor (no singular!) não iremos chegar a lugar algum. Não se trata de apontar um culpado. TODOS NÓS SOMOS CULPADOS! Estado, família, professores, alunos, gestores, comunidades, sociedade como um todo. A História está repleta de exemplos do que acontece com o chamado “bode-expiatório”. O professor está cansado! Cansado de carregar nas costas o peso de ser um fracassado. Cansado de ter que viver com um salário de fome. Cansado de ser humilhado pela sociedade que não dá o devido valor à sua profissão. Cansado de pessoas que se sentem melhores do que ele e dizem o que ele deve fazer para ser melhor. O professor sabe o que tem que fazer... e faz! O problema é que ele está sozinho. A grande verdade que não é dita no Brasil é que o único, eu disse O ÚNICO, que realmente se importa com a educação no Brasil É O PROFESSOR. O resto... bom... o resto se elege, se vê livre do filho, ganha diploma, ganha emprego, ganha um discurso... além daqueles que vendem livros.
Alguém se habilita a responde a pergunta do título?
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